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[caption id="attachment_8812" align="alignleft" width="300"]2013: Rhendrick (ao lado direito do professor Alexandro) participa de evento promovido pelo Núcleo Central – Curitiba/PR do projeto Núcleos de Iniciação ao Voleibol no Paraná (hoje projeto Vôlei em Rede). 2013: Rhendrick (ao lado direito do professor Alexandro) participa de evento promovido pelo Núcleo Central – Curitiba/PR do projeto Núcleos de Iniciação ao Voleibol no Paraná (hoje projeto Vôlei em Rede).[/caption] Aos 18 anos de idade o ex-aluno do Instituto Compartilhar, Rhendrick Rosa, constrói uma história e tanto no voleibol. Desde 2016, ele é levantador do Sada Cruzeiro, equipe pentacampeã da Superliga, mas antes de se tornar atleta teve a oportunidade de participar do projeto socioesportivo do Compartilhar em Curitiba, onde diz ter tido experiências inesquecíveis e que foram fundamentais para o seu amadurecimento na vida e no esporte. Coincidência ou não, algumas crianças e adolescentes que frequentam as aulas de minivôlei da entidade em Lagoa Santa/MG estiveram em um dos treinos do Sada - na capital mineira – e fizeram com que Rhendrick relembrasse a época em que deu seus primeiros passos no voleibol. “Me deu muita saudade quando vi eles ali. Por um segundo lembrei como tudo começou”, contou Rhendrick. Suas primeiras aulas, com oito para nove anos de idade, foram no ginásio do campus da Secretaria do Estado do Esporte e do Turismo, em Curitiba, com os professores do Núcleo Central do projeto de voleibol no Paraná, atualmente chamado Vôlei em Rede. Lá ele passou por todas as categorias da Metodologia Compartilhar de Iniciação ao Voleibol - Mini 2x2 (9 e 10 anos), Mini 3x3 (11 e 12 anos), Mini 4x4 (13 anos) e Vôlei (14 e 15 anos). Segundo Rhendrick, o projeto o ensinou a ser uma pessoa melhor. “O projeto foi super importante para mim, me ajudou na escola, a respeitar os outros, a ter responsabilidade em tarefas diárias, a ajudar os colegas e a ter o autocontrole de mim mesmo”, revelou satisfeito. E não deixou de elogiar aqueles que sempre estiveram ao seu lado: “cada um dos professores tem o seu carisma, o seu jeito de ensinar. Todos são especiais para mim. O trabalho que eles fazem é especial demais”. [caption id="attachment_8814" align="alignright" width="300"]Ex-professora do Instituto Compartilhar e técnica, Rosana Roberta da Silva, convida Rhendrick (na ponta direita da fila de baixo) para participar do time AVP/Dental Uni. Ex-professora do Instituto Compartilhar e técnica, Rosana Roberta da Silva, convida Rhendrick (na ponta direita da fila de baixo) para participar do time AVP/Dental Uni.[/caption] Vários profissionais fizeram parte da vida de Rhendrick, entre eles sua primeira professora de voleibol, a atual coordenadora dos núcleos interior do projeto Vôlei em Rede, Tatiana Ribas. “Quando ele chegou no projeto era um menino de poucas palavras, não falava muito na aula, mas sempre estava em movimento, sempre agitado”, contou Tatiana. Em tom divertido, complementou: “ele também era bem arteiro, gostava de uma bagunça!”. Contudo, para a professora, Rhendrick sempre foi muito educado, carinhoso e responsável, e lembra com amor que ele sempre topava tudo o que era pedido nas aulas. Já o professor do Núcleo Central, Alexandro Martins, acompanhou o garoto durante quatro anos e também fez questão de falar algumas de suas qualidades: “no início Rhendrick era um pouco tímido, mas sempre muito comprometido, dedicado e prestativo”. De acordo com o professor, Rhendrick era habilidoso e bastante ágil no esporte e gostava de desafiar seus colegas e professores, sempre de maneira sadia. Alexandro também lembrou que, como sempre foi muito obstinado, ele queria fazer coisas que ainda não eram para idade dele conforme a metodologia do Compartilhar como, por exemplo, sacar por cima na categoria Mini 4x4. “Ele sempre foi um menino muito batalhador, desde o início. A gente via que o voleibol era sua paixão”, afirmou Alexandro. Muito interessado no esporte, ainda na categoria Mini 3x3, Rhendrick passou a reparar em um grupo de meninos de um clube que treinava depois do seu horário no projeto, mas não era só ele quem estava de olhos abertos à procura de uma oportunidade. A ex-professora do Núcleo Central e técnica de voleibol, Rosana Roberta da Silva, percebeu que o menino era habilidoso e o convidou para participar do time AVP/Dental Uni. “Um dos diferenciais do Rhendrick, sem dúvida, sempre foi sua personalidade forte”, afirmou Rosana. “Entre suas qualidades estão a vontade e motivação que o fazem melhorar sempre a sua performance, buscando a excelência”, completou com seu olhar de técnica. [caption id="attachment_8813" align="alignleft" width="300"]Levantador do Sada Cruzeiro (na ponta esquerda) participa das categorias infanto-juvenil, juvenil e adulto do time. Levantador do Sada Cruzeiro (na ponta esquerda) participa das categorias infanto-juvenil, juvenil e adulto do time.[/caption] Como a missão do Instituto Compartilhar sempre foi o desenvolvimento humano por meio do esporte, sem a pretensão de formar atletas, Rosana também contou que a entrada na equipe da AVP foi um período de adaptação para Rhendrick. De acordo com ela, o garoto passou a participar de jogos com caráter competitivo que exigem treinamento e, é claro, mais e mais cobranças, mas ele foi se adaptando e evoluindo muito rápido. Com carinho, Rosana afirma satisfeita: “ele tem uma carreira promissora!”. Tanto para Tatiana, quanto para Alexandro, Rhendrick teve uma atitude muito legal quando decidiu ficar no projeto, mesmo já frequentando as aulas do clube. “Dava para perceber que o projeto era importante para ele”, disse Tatiana. Depois que saiu do projeto, Rhendrick não deixou de visitar o Núcleo Central e, sempre que podia, ajudava os professores em eventos e dedicava um tempo para conversar com a garotada mais nova. “É legal essa proximidade dele, ele não se afastou totalmente! O Rendrick valorizou bastante tudo o que passou aqui com a gente”, disse contente a professora. Além de jogar pelo time AVP/Dental Uni, Rendrick fez parte de várias outras equipes, inclusive das seleções paranaense e brasileira, e, após participar do maior torneio de categorias de base do Brasil, a Taça Paraná, recebeu a proposta para entrar no Sada Cruzeiro e começar uma vida nova em Belo Horizonte. É claro que ele aceitou e a família deu o maior apoio. Atualmente ele participa nas categorias infanto-juvenil, juvenil e adulto. [caption id="attachment_8815" align="alignright" width="300"]Alunos do projeto Vôlei em Rede, Núcleos Lagoa Santa/MG, visitam treinam do Sada Cruzeiro em Belo Horizonte. Alunos do projeto Vôlei em Rede, Núcleos Lagoa Santa/MG, visitam treinam do Sada Cruzeiro em Belo Horizonte.[/caption] Em setembro deste ano, enquanto treinava no Cruzeiro Esporte Clube – Parque esportivo do Barro Preto – Rhendrick ficou frente a frente com várias crianças e adolescentes do projeto, que viajaram cerca de 40km de Lagoa Santa à Belo Horizonte especialmente para ver os jogadores profissionais. Para elas, a chance de ver de perto inspirações do esporte. Para Rhendrick, uma volta ao passado e a sensação de que tudo valeu a pena. “Ver a alegria de cada um foi o melhor! Ser reconhecido é muito gratificante, porque só a gente sabe o esforço que fazemos em deixar a família e ir em busca de um sonho”, concluiu Rhendrick. Parceiros do projeto Vôlei em Rede – Núcleos Paraná: Governo do Paraná e via Lei Federal de Incentivo ao Esporte: Unilever, Klabin, Ministério do Esporte e com apoio da Sanepar. Fotos: Divulgação IC e Sada Cruzeiro.