Formação Continuada: Rodrigo Rother fala sobre a bioecologia do voleibol
09/04/2024
Está no ar a primeira edição do Roda de Conversa de 2024. O entrevistado estreante é o técnico e educador físico Rodrigo Rother. Profissional de educação física e professor da UNIVATES, em Lajeado/RS, Rodrigo já tinha participado de um Roda de Conversa em 2022 e agora retornas às telas do Compartilhar para dividir seus conhecimentos acumulados a partir da sua área de atuação profissional e pesquisas acadêmicas resultantes no livro “A Formação de Atletas no Voleibol Brasileiro - Uma Análise Bioecológica”.
“Estamos muito felizes em poder trazer o Rodrigo de novo para o Roda de Conversa porque na sua primeira participação, em que falamos sobre a formação profissional e iniciação de crianças no esporte, poderíamos ter ficado horas debatendo e o tema foi um dos que pessoal mais curtiu. É como se essa sua segunda participação fosse uma continuidade e um aprofundamento de tudo que falamos anteriormente”, explica o analista de projetos e coordenador do Instituto Compartilhar, Alexandro Martins, que conduziu a conversa.
Já para o entrevistado, participar de ações como esta é uma maneira de colaborar com iniciativas sociais que transformam a vida de pessoas, como o Instituto Compartilhar. “Eu vejo que a troca de ideias é uma forma de contribuir com projetos como o do Compartilhar, e a capacitação de profissionais que trabalham na área, em especial aqueles que trabalham com crianças”, disse.
A proposta do Roda de Conversa é contribuir para a formação continuada dos professores que atuam no projeto Vôlei em Rede e demais profissionais que trabalham com o esporte. “A iniciativa do Roda de Conversa já existe há alguns anos e serve para que a gente possa agregar ainda mais conhecimento aos nossos professores e a quem nos acompanha, a partir do conhecimento e das experiências dos nossos diversos convidados como ex-alunos e profissionais das áreas correlatas”, explicou Alexandro.
Durante o bate-papo, os participantes falaram também sobre os Jogos Olímpicos, que na opinião de Rodrigo é um recorte de toda a trajetória de um atleta que já venceu na sua atuação profissional. “Se você compreende que para um atleta chegar à uma seleção brasileira e ao ponto de disputar os Jogos Olímpicos, eu acho que a gente se torna mais complacente, empático e torce por essas pessoas de uma maneira diferente. Porque o cara que chega a uma Olímpiada já venceu e isso não é demagogia. A gente tem que abrir uma conversa que quebra alguns paradigmas, ainda mais em um esporte coletivo que permite se ter pessoas diferentes, de habilidades e personalidades diferentes que se somam em uma equipe para performar em alto nível”, destacou o entrevistado.
O bate-papo descontraído falou sobre a formação, apoio e suporte de atletas, talentos no esporte e ainda da pesquisa do Rodrigo sobre uma análise bioecológica de atletas. Um olhar sob o profissional em sua integralidade, levando em consideração todos os cenários e contextos que ele está inserido, ou seja, profissional, pessoal, familiar e outros.
“O atleta de talento é uma pessoa que tem uma habilidade específica acima da média em um determinado momento da sua vida, mas que esteja disposto a treinar, a se preparar para poder evoluir e competir. Nós estamos ainda anos atrás de muitos países que investem muito no esporte, que é algo que está diretamente ligado à questão econômica do país também. Eu acho o esporte tão importante que ele deveria estar dentro de uma política pública educacional e de saúde e somente depois disso a gente pode pensar em detectar talentos e selecionar os melhores para então promover o esporte de alto nível”, concluiu o coordenador de seleções.
Acompanhe o Roda de Conversa no link: https://youtu.be/Z8DjwlpIJUo
São parceiros institucionais do Compartilhar: Delírio Tropical, Editora Sextante e Bosisio Macedo Soares Advogados.