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[caption id="attachment_9496" align="alignright" width="300"]Primeiro campeonato Internúcleos no qual Victor recebeu sua primeira medalha, com participação do técnico multicampeão e idealizador do Instituto Compartilhar, Bernardinho. Primeiro campeonato Internúcleos no qual Victor recebeu sua primeira medalha, com participação do técnico multicampeão e idealizador do Instituto Compartilhar, Bernardinho.[/caption] Ano de 2004. Com apenas 12 anos de idade, voltando do colégio estadual onde estudava, o curitibano Victor Bervian Neves vê um anúncio da peneira do projeto Centro Rexona Ades de Voleibol (hoje Vôlei em Rede, Núcleos Paraná) que era realizado no Ginásio do Tarumã, em Curitiba/PR. Com muita vontade de participar, foi a partir deste momento que a história de Victor iniciou no esporte. Ele ainda não sabia, mas muitas conquistas estavam por vir dentro e fora das quadras. Em maio de 2018 a mais recente delas: o tão esperado diploma em uma universidade americana. Apesar de gostar de jogar com os amigos em uma quadra de areia do bairro onde morava, foi no projeto que Victor deu seus primeiros passos no voleibol. Lugar, inclusive, onde aprendeu muito mais do que a técnica do esporte. Victor recorda com carinho da preocupação dos professores em contribuir com o desenvolvimento integral dos alunos, incluindo nas aulas o ensino de valores importantes para a formação de pessoas melhores. “Foi no Rexona que tudo começou. O que mais sinto é aquela nostalgia. Eu era super novo e cada dia era uma sensação de descobrimento”, revela. E foi lá que o garoto conquistou sua primeira medalha durante um Festival Internúcleos que reunia crianças e adolescentes de diversas cidades do Paraná para jogar. A primeira professora de Victor no projeto foi  Rosana da Silva que, além de dar aulas no projeto, também era técnica no clube AGD para onde o convidou para jogar após um ano de aulas no Centro Rexona Ades de Voleibol. Extremamente motivado, Victor aceitou o convite.

“Victor era muito atencioso, dedicado e esforçado, tinha espírito de guerreiro, nunca desistia, sempre tentava fazer o seu melhor em cada treino e em cada jogo. Tinha um espírito de grupo muito bom, teve uma evolução rápida dentro da nossa modalidade. Por esse motivo teve muitos convites para outras instituições, bolsas de estudos, etc. Hoje fico muito feliz por ter feito parte da formação dele, mais feliz ainda pela carreira de sucesso que ele conseguiu construir através do nosso tão amado voleibol”.

Rosana Roberta da Silva

Aos 14 anos de idade, mais uma conquista das grandes: a peneira do Projeto Vôlei Positivo no Colégio Positivo. Com uma bolsa de estudos para jogar vôlei, Victor ainda não tinha ideia do que o voleibol representaria para ele mais tarde. O projeto era apadrinhado pelo ex-levantador da seleção brasileira e bicampeão Olímpico, Maurício Lima. Durante o período em que esteve naquela escola, Victor foi três vezes campeão estadual.

[caption id="attachment_9499" align="alignleft" width="300"]Com mais de 120 pontos marcados na temporada 2017, Victor teve sua vaga garantida dentro da seleção dos melhores jogadores do país daquele ano Com mais de 120 pontos marcados na temporada 2017, Victor teve sua vaga garantida dentro da seleção dos melhores jogadores do país daquele ano[/caption]

Em 2010, Victor completou o Ensino Médio e mudou-se para Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. Lá teve dedicação total à pratica do esporte. No mesmo ano mais dois títulos foram adicionados à sua já invejável coleção de medalhas. Durante os três anos seguintes, algumas mudanças significativas foram feitas.  Do vôlei de quadra ao vôlei de areia, Victor participou do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia em um projeto coordenado pelo campeão mundial com a Seleção Brasileira de voleibol, Gilmar Nascimento Teixeira, o Kid. “A energia dos torneios é a parte mais legal. Praia, sol, só você e seu parceiro na quadra, e vocês têm que resolver o jogo sozinhos, não tem substituições. Bastante responsabilidade”, explica Victor sobre a época das competições de vôlei de praia. Campeão Catarinense sub-21 por diversas vezes, participou de alguns campeonatos adultos e, inclusive, um terceiro lugar nos Jogos Abertos de Santa Catarina.

Com 22 anos de idade, surgiu a ideia da mudança para os Estados Unidos da América para unir a vida universitária e a carreira esportiva. Com toda a estrutura que o esporte pôde lhe proporcionar, Victor entrou para a Park University, em Kansas City no estado do Missouri, já sabendo que jogaria pelo time de voleibol: “Para mim, essa é a parte mais bacana do esporte nos Estados Unidos. Eles são um exemplo em conciliar estudo e esporte. A Liga Universitária aqui é forte e eles incentivam muito o esporte com boas bolsas”. Desde maio, Victor é graduado em Business Marketing e Business Management (marketing empresarial e gestão empresarial).

“O vôlei ajudou muito no meu desenvolvimento pessoal, trazendo experiências únicas, morando em muitas cidades e países diferentes e conhecendo pessoas dos mais variados lugares. O esporte representa a maior parte de mim. Não consigo imaginar minha vida sem o vôlei”.

Victor Bervian Neves

[caption id="attachment_9498" align="alignright" width="218"]Como tradição, todos os atletas do time campeão recebem um anel com seu nome e número da camisa, juntamente com o escrito no anel “Nacional Champion” que significa “Campeão Nacional”. Ao fundo é possível ver a premiação All-American Team e, em baixo do anel, a premiação Daktronics Scholar Athlete Como tradição, todos os atletas do time campeão recebem um anel com seu nome e número da camisa, juntamente com o escrito no anel “Nacional Champion” que significa “Campeão Nacional”. Ao fundo é possível ver a premiação All-American Team e, em baixo do anel, a premiação Daktronics Scholar Athlete[/caption] Com Victor o time da universidade, Park Pirates, já alcançou grandes marcas, porém o ápice chegou quando ganharam o campeonato nacional de 2017. “É uma sensação indescritível. Trabalhamos muito duro para isso e conseguimos alcançar nossos objetivos no final da temporada”. Após a conquista, vieram duas das maiores premiações para estudantes-atletas das universidades dos EUA. O Daktronics Scholar Athlete (recebido duas vezes) pelo desempenho acadêmico excepcional e o Co-Sida Academic All American Team que combina boas notas e bons resultados esportivos. Neste segundo, é montado um “dream team” (“time dos sonhos”/melhor time) dos Estados Unidos da América para a premiação.

“Sempre levei os estudos muito a sério, e isso me colocou a um passo à frente quando precisei encarar uma nova língua, e uma cultura diferente”.

Victor Bervian Neves

[caption id="attachment_9497" align="alignleft" width="169"]Victor recebe uma carta de felicitações pela formatura juntamente com uma medalha dos 20 anos do projeto de voleibol no Paraná como reconhecimento pelos seus primeiros passos no esporte no Centro Rexona Ades de Voleibol Victor recebe uma carta de felicitações pela formatura juntamente com uma medalha dos 20 anos do projeto de voleibol no Paraná como reconhecimento pelos seus primeiros passos no esporte no Centro Rexona Ades de Voleibol[/caption] Apesar da família estar fisicamente distante, não falta contato entre eles. “A distância da família é complicada, mas eles sempre me apoiaram muito em qualquer decisão que tomei. A tecnologia certamente facilitou quanto a isso. Fazemos FaceTime quase todo dia, ou no mínimo uma troca de mensagens pelo Whatsapp”, conta o ex-aluno do Instituto Compartilhar. Sempre que pode arranjar um tempinho para seu lazer, Victor tem três hobbies favoritos: música, surfe e, para variar um pouco, vôlei de praia: “quando estou de férias, sempre vou para San Diego, na Califórnia. Gosto muito de surfar e tenho muitos amigos por lá. Também gosto muito de música, então sempre que tenho um tempo vago gosto de tocar violão, guitarra, ukulele (comparável ao cavaquinho) e piano. Vôlei de praia é um dos meus hobbies favoritos”, revela Victor.  Agora formado seus planos ainda são incertos, porém não é tão cedo que ele voltará ao Brasil. Com visto liberado para um ano de trabalho em tempo integral nos EUA e a possibilidade de uma bolsa esportiva para mestrado na Inglaterra, Victor mantém as portas abertas, assim ele ainda pode usufruir dos benefícios do esporte em sua formação. Parceiros Institucionais: Uptime, Sextante e Delírio Tropical. Fotos: arquivo pessoal do atleta

O Instituto Compartilhar é signatário do Pacto Global da ONU e ajuda a construir um futuro melhor para as futuras gerações por meio da prática dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.