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05/12/2024

A 4ª edição do Roda de Conversa do Instituto Compartilhar já está no ar e traz como tema “Esporte Educacional” relacionando as novas diretrizes da pedagogia do esporte. O bate-papo foi conduzido pelo analista de projetos e coordenador do Instituto Compartilhar, Gabriel Jungles, e contou com os convidados Fernando Goulart e Thais do Amaral Machado.

O Roda de Conversa faz parte do programa de formação continuada dos profissionais do Instituto Compartilhar e é disponibilizado para todos os profissionais que atuam no ensino de esportes e demais pessoas interessadas. “Esta é uma ferramenta muito importante que oportuniza o compartilhamento de conhecimento e informação com os nossos professores, seguidores e com a comunidade. Estar em contato com profissionais renomados e experientes debatendo temas importantes para o desenvolvimento do esporte é uma honra para nós do Instituto Compartilhar. Espero que todos possam aproveitar e curtir o conteúdo disponível nesta conversa”, relata o analista de projetos Gabriel Jungles

Fernando é profissional de Educação Física formado pela União das Faculdades dos Grandes Lagos (2010). Tem experiência na área de iniciação e treinamento de Voleibol Indoor e Voleibol de Praia. Atualmente, é instrutor de atividades físicas no SESC, unidade Ipiranga em São Paulo, onde atua como coordenador de diversos programas na área de lazer, práticas corporais e desenvolvimento motor com crianças, jovens, adultos e idosos. Atualmente mora na Austrália e atua como árbitro e professor de voleibol.

Já Thais é líder da equipe de estudos em Psicometria, Psicologia do Esporte e Desempenho Esportivo - EEPPEDE, Universidade Federal da Bahia – UFBA e é professora adjunta na mesma universidade.  Na Universidade Federal do Paraná - UFPR, possui doutorado e pós-doutorado na área de Desempenho Físico Esportivo também possui doutorado sanduíche pela Vniversitat de Valéncia - Espanha. É mestre em Educação Física na área de Comportamento Motor pela UFPR e graduada pela Faculdade Dom Bosco em Educação Física Licenciatura e Bacharelado.

Durante a conversa, os três profissionais de educação física discutiram métodos e teorias para o ensino de esportes sempre proporcionando o interesse de crianças e adolescentes para manter-se ativo. Eles contextualizaram a história do ensino do esporte e sua evolução até os dias atuais.

“Com o tempo, percebeu-se que precisavam ser mudados os modelos que se usava para o aprendizado e, a partir da década de 1980 e 1990, a ideia da pedagogia do esporte começou a crescer. Veio de outros países, principalmente de Portugal a ideia de que o esporte tem que ser ensinado de ‘todos para todos’”, destacou Thais.

“Outro fator que também contribuiu para a mudança do ensino do esporte foi a Carta da Educação Física feita pela ONU e UNESCO que trouxe a ideia de que as pessoas podiam praticar o esporte sem a necessidade da perfeição técnica do movimento”, completou. Ela esclarece o que é a pedagogia do esporte e o modelo de processos que ensinam a técnica e a prática de esportes.

“Essa educação física engessada que muitos aprenderam na escola e que ainda vemos resquícios não considera todos os tipos de corpos. Por isso, a Educação Física de hoje olha com bons olhos para a pedagogia do esporte, para novos formatos e sistematizações de ensino, o que é importante e relevante. Quanto mais modelos e ferramentas a gente tiver para engajar as pessoas na prática, e não só as crianças, é um dever nosso, enquanto educador físico, usá-las”, completa Fernando.

Seguindo esse mesmo pensamento, o moderador do Roda de Conversa lembrou que essa é uma realidade praticada pelo Instituto Compartilhar nas suas aulas. “Nós, enquanto educadores do Instituto Compartilhar temos uma visão global do ensino porque a gente não produz práticas esportivas repetitivas e em um sistema fechado. A gente proporciona vivências pelas nossas crianças a partir da nossa metodologia, que é nosso pilar”, lembrou Gabriel.

Por fim, eles falaram sobre a importância da prática de esportes sem considerar que todos se tornarão esportistas ou jogadores profissionais, mas que é fundamental usar o ensino do esporte para dar a oportunidade e transmitir valores tão importantes para a formação de seres humanos. “As habilidades para a vida precisam ser cada vez mais consideradas, não só no âmbito do ensino do esporte, mas de uma maneira geral. A pandemia trouxe um cenário bastante desanimador para a prática esportiva e para a educação, ela mostrou que a gente precisa olhar cada vez mais para as pessoas como um todo, entender como elas estão se sentindo e como a gente pode dar luz para essas emoções, problemáticas e valores”, reforçou Fernando.

O conteúdo é inteiramente gratuito e está disponível no nosso canal no Youtube. Acesse: https://youtu.be/PNGuq1Oby9s

São parceiros institucionais do Compartilhar: Delírio Tropical, Editora Sextante e Bosisio Macedo Soares Advogados.